terça-feira, 26 de junho de 2012

Eu



Preciso de um tempo.
Mas não é um tempo qualquer,
é o meu tempo.
É a minha vida,
desbravar e descobrir
ou até quem sabe, redescobrir.
Virei uma máquina.
Sou automático, sistemático mas pouco prático.
Preciso de amor!
Minhas engrenagens estão oxidadas
sem nenhuma lubrificação.
Sem óleo pra limpar ou aquecer.
Sem chama
sem calma
na cama
na alma
na lama.
Sem Aprender
sem Metodologias
sem Obrigações
sem Resquícios

sem...


Vou pegar mais café!

sábado, 23 de junho de 2012

Rotina


Dormir
acordar
levantar
se lembrar!

Se vestir
Se alimentar
Se recordar
de você!

Desejar
seu beijo
seu abraço
seu cheiro.

Querer
para agora
para amanhã
para sempre!

Sentir
o frio
o medo
a alegria.

Sorver
a vida
você
doce amarga.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tento



Entender o que se passa acerca das pulsações.
E de porque a sorte não sorri para mim.
Sempre reluto em ceder
e quando cedo
acabo estragando o que poderia ser lindo.

Vira migalhas.
Junto pedaços da minha existência
Revejo cada trapo que foi bordado
tentando aprender
mas nunca consigo.

Será mesmo que a sorte não sorri pra mim?
Deve ser eu quem não entende
já deve ter sorrido muitas vezes
e sorriu novamente
mas como os alicerces estão fragilizados
a sorte escapa por entre meus dedos.

Afundo-me.
Em sonhos e desejos que nunca se realizarão,
ou não se realizarão porque eu não soube decifrá-los?
Continuo tentando entender.
Muito mesmo!

De que mais será preciso
Me entender?
Entender?
Nos entender?
Enquanto não consigo decifrar
eu vou tentando.

Tento.

"Tentar e errar, mas não desistir de tentar"

domingo, 17 de junho de 2012

Perdoa-me



Pelos olhares cessados e pela infidade de frases não ditas
Pelo sumiço em forma de antipatia e pela fuga repentina
Pela busca de alívio mas não encontrado
Pelos desentendimentos e pela dor oferecida
Pelo remorso sentido e pela culpa ainda pesada
Pela ignorância e por não desejar felicidades
Por achar que você não merecia nada disto
e por agora colher todos os frutos plantados merecidamente...

...perdoa-me.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Desapego



Foi por você
que muito deste pequeno mundo
existe.
Momentos melancólicos
e de tristeza.
Raros,
foram os de alegria.
Mas existiram!
Persistiram
e
resistiram...
...em vão.
Hoje
foi um dia cinza.
Hoje
será um marco.
Do antes
e depois,
que em um ou dez a pegar o desapego dessas pegadas desperdiçadas.
Hoje se foi.

"Então eu fecho meus olhos pra dormir,
amanhã tento novamente"

domingo, 10 de junho de 2012

O que é o amor?

Será que tem explicação?
Será o amor algo mensurável, palpável
passível de ser tocado?
Ou será apenas fruto de nossa imaginação?!
Pode ser um bichinho que fica zanzando por aí
voando de um lado a outro e flechando os mais afortunados.
Pode ser um monstro de sete cabeças
que destrói sonhos e planos de toda uma vida.

Afinal o que é o amor?
O que quer dizer "eu te amo" ?
O que é amar realmente uma pessoa?
Hoje um bom dia está mais raro que ver por aí um eu te amo daqueles mais "sinceros".
E eu penso o quão banalizada ficou estas três palavrinhas, que podem ser o mundo de uma pessoa. Mas... não está sendo bem assim.
Me permiti apenas uma vez dizer "Eu te amo" à alguém.
Mas foi verdadeiro, intenso e até hoje não passou.
No começo acho que foi esse bichinho, depois se tornou um verdadeiro monstro.
Mas como nos contos o monstro um dia dormiu, eu o guardei num cantinho lá no fundo e joguei a chave.
Nem sei onde ela foi parar.
Eu a perdi.
Quem sabe um dia seja encontrada, e essa pessoa derrote o monstro e não deixe vestígios de que um dia ele existiu.
Sonhar não é errado, acreditar nos sonhos talvez seja.
Mas se eu mesmo não acreditar nos meus sonhos, então quem é que vai acreditar por mim?
O amor pra mim passou de lenda para real, e de real para assombração.
Essa é a maneira que eu entendo ele.
E você o entende como?
Espero sinceramente que seja "apenas mais um afortunado"
e que o amor não seja um conto sem fim.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Seguindo em frente


Das lembranças daquilo que sonhei
Só me restam vultos, imaginação
Os sinais que eu quero a vida não quer me dar
A realidade tirou meu desejar
A estrada era esta pra seguir
As portas que eu vejo não tenho como abrir
Vou seguindo sem saber onde chegar
Mas eu espero me reencontrar
E sonhar novamente
Aquele mesmo tudo, mas diferente
Novos versos sem rima
Novos erros pois já não tenho medo
Errar é apenas o princípio
De novos sonhos que estão por vir
O passado fica onde está
Não quero nostalgias
De coisas que não existiram
As nossas músicas nunca mais tocaram
Pois se nossas fossem
Seriam eternas como a lua
Que brilha, que irradia
Sementes para um novo campo
Acreditando sempre no novo
Acreditando naquele que vem, mas nunca chega...