quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Uma

Seu dom
me fazer sorrir
quando recordo
das conversas, todas
sérias e alegres.
Seu sorriso
o olhar expressivo
do sabor de inverno.
Não me foi possível
escolher
não tomei tal decisão.
É como dizem
acontece.
Uma
em um milhão
meu coração
escolheu
você.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Guerra

Como é estranho perceber a maravilha que é você
Não é como se nunca tivesse notado
Mas cada vez mais você se torna insuperável
Unicamente bela, seus traços perfeitos
O sorriso e o jeito simples de entender as coisas
Faz minha alma derreter.
Mas não só de regozijo
Também em agonia
Derreto em desespero
Em solidão
Serei eu amaldiçoado?
Há tanto venho lutando para te mover de lá
E falho sempre
Miseravelmente
Eu sempre falhei
A dor é o pior dos momentos
A dor do nunca
A dor do quase
De chegar a fraquejar
Mas em lucidez conseguir se manter em pé
Ao seu lado eu me curvo
Te venero, não demonstro
Acorrentado de maneira invisível
A um misto de sensações
Sentimentos diversos que não me abandonam
Ainda bem que nos sabemos longe
Seria meu maior martírio
De toda uma vida
Lutar entre dois amores
Sabendo que não quero perder nenhum
Sabendo que nunca terei
Sequer
Um pedaço d'alma
Um centímetro da carne
Pois sou fraco
Sim, fraco
Se ao contrário fosse
Eu já teria sucumbido

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A chuva veio
e com ela a primeira lembrança de todas as manhãs
O sol tímido
Seus raios não estão intensos
as nuvens lutam em vão
A luz, mesmo que fraca sempre vem
Como esquecer se és como o sol
Mestre em fortificações
Formado pela vida
Vejo-as imponentes perto da sua luz
Tapando seu sol com minha peneira
Não há como não ver, mesmo que por pequenos espaços
E a chuva dos olhos começa
Pra cegar a  vontade forjada
Contra ela estou indo
Deixando uma marca profunda
Pra lembrar que a dor é intensa
Cicatriza de forma lenta
Já não tenho forças
A chuva
acredito que ela vença
mas não o sol, não a luz
ela vencerá o cansaço da esperança
Esta que se agarra
forte, gritante
Cumulonimbus da vontade
Em que dia eu serei a sua saudade?

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

#11

Houve calor
Não houve acolhimento
O que eu senti foi uma pequena empatia
Um pouco de pena, talvez
Quem sabe foi carência
Houve um momento
Em que meu sorriso não cabia em mim
Até senti um breve pulsar
Foi a falta de esperança
Ou as garras já não mais se afiam
Desgastado estou
Joguei minha última fé em algo que eu sabia dar errado
Mas valeria a pena
O problema é que não valeu
E nem valerá
Não nasci para jogar
Quando sim, ainda perco
Não há mais o que apostar
Restaram as dívidas
De poucas promessas
Loucas, promessas