terça-feira, 22 de março de 2011

Sim e Não

Sim e Não

Você sonha com um futuro não muito distante, onde a felicidade esconde-se atrás de cada nova porta. Mas não se vê sozinho, enxerga mais alguém para abri-las.
Um corredor imenso com coisas que podem acontecer, ou não.
Será proibido sonhar, desejar, querer ou arriscar? Talvez...
Talvez é uma palavra cheia de incógnitas e tão complexa ao que você busca, e ao que pode encontrar. Talvez seja prudente segurar as suas raízes e não alçar escalas nos sonhos.
Você quer, mas tem receios e chegam muitas perguntas que começam com talvez.
Talvez isso, talvez aquilo, talvez...
Talvez eu queira.
Talvez eu minta.
Talvez sonhe.
Talvez...
Traduzo meu talvez para sim e não, seja ela meu sim outras meu não, mas nem de longe meu nada. Quero seu tudo mas talvez não seja agora, na sinceridade que recebo sei que não é errado mas pergunto se estejamos certos.
Talvez o tempo dirá o que aconteça, mas até lá tudo que quero é o seu sim e o seu não.
Ou talvez, sim e não.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Clandestino



A noite vinha fria
Negras sombras a rondavam
Era meia-noite
E o meu amor tardava

A nossa casa, a nossa vida
Foi de novo revirada
À meia-noite
O meu amor não estava

Ai, eu não sei aonde ele está
Se à nossa casa voltará
Foi esse o nosso compromisso

E acaso nos tocar o azar
O combinado é não esperar
Que o nosso amor é clandestino

Com o bebé, escondida,
Quis lá eu saber, esperei
Era meia-noite
E o meu amor tardava

E arranhada pelas silvas
Sei lá eu o que desejei:
Não voltar nunca...
Amantes, outra casa...

E quando ele por fim chegou
Trazia as flores que apanhou
E um brinquedo pró menino

E quando a guarda apontou
Fui eu quem o abraçou
Que o nosso amor é clandestino