domingo, 27 de maio de 2012

Despedida


Me despeço daquilo que não me fez bem.
Me despeço daquele que não me trouxe alegria.
Me despeço daquela que disse-me não.

Vou embora.
Agora tudo está silencioso,
sem fogos ou estrelas.
Tudo está sereno até o sereno lá fora.
O Frio.
Me aqueci com nada
e sofri de hiportemia na alma.
Dei as chaves de casa
pra quem não quis nela morar.

Agora me despeço.
O inverno chegou mas o frio passou
Que mais encontros e despedidas aconteçam,
que mais frio eu possa sentir
pra gritar ao sereno
que ainda estou vivo.

Um comentário:

Yaa T. disse...

Definitiva, ou talvez uma despedida cíclica? Se for algo que deixa a alma faminta e seca, espero que você tenha encontrado a sua tesoura para cortar o fio. Mas... Não são as coisas que não nos fazem bem que nos inspiram mais? Gosto da melancolia, me cai bem. As linhas entortam, criam formas sem intento, vertem. Enfim, é um barulhinho bom.

Se você encontrar a tesoura, por favor me empresta.